Numa lista de 94 países, o Brasil está em segundo lugar como um dos que têm a maior complexidade para cumprir com obrigações contábeis e fiscais, ou seja, manter as contas das empresas em ordem e os tributos em dia. O Índice de Complexidade Financeira de 2017 foi divulgado nesta segunda-feira (5) pela TMF Group, uma consultoria internacional voltada para desenvolvimento de negócios pelo mundo.

 

Acima do Brasil está a Turquia e abaixo, a Itália – o que poderia sugerir que temos algum consolo. Mas não temos. Os sistemas tributário e de contabilidade brasileiros não consolam ninguém – pelo contrário. O italiano também não deveria. A lista da América Latina revela que é característica da região ter alta complexidade e muita burocracia para manter um negócio funcionando no país.

 

Cumprir as leis tributárias nas três esferas – federal, estadual e municipal; manter as obrigações em dia e evitar ser pego num erro irrelevante – mas que pode sair custoso – são os desafios diários dos empresários brasileiros. É preciso incluir no projeto e no orçamento das companhias um departamento exclusivo para cuidar dos detalhes perversos do sistema nacional. E isto é custo na veia da economia.

 

“Isso não facilita em nada a vida das empresas e afeta muito a competitividade da economia. Sermos o segundo país do mundo, o mais complexo das américas, afasta o investidor. Quem vai investir aqui leva isso em consideração e pode escolher outro lugar. Não é só da questão da crise politica e da economia”, disse Marco Sottovia, diretor da TMF Group Brasil, ao blog.

 

A posição no ranking vem piorando ao longo dos últimos anos e o diretor da TMF Group me explicou o porquê.

 

“Nós pioramos por dois aspectos. O primeiro é que incluímos na metodologia a área contábil, que tem muitas obrigações assessórias e dificulta a vida do empresário. Segundo, e principalmente, pela quantidade de mudanças que temos na legislação.  Quanto mais ela muda, mais o ambiente piora e não há previsibilidade. Isso também afeta as obrigações e piora a complexidade”, disse Sttovia.

 

O governo criou há poucos meses uma secretaria especial para tratar das micro reformas e da desburocratização do país. É uma agenda extensa e que aglutina o Banco Central, que lançou o BC+, com objetivo de destravar o mercado de crédito brasileiro que é ultra regulado e amarrado. Com a crise política os holofotes esqueceram dessas pequenas coisas, que de pequenas não têm nada!

 

O Índice de Complexidade 2017 pode ser um bom alerta para o momento da mudança.  “O Índice alerta que nós precisamos ter uma agenda de país, de Estado. Uma estrutura que seja capaz de reunir os sistemas,  capaz de desburocratiza-los. É importante que não sejam reformas com questões setoriais, mas de interesse nacional e suprapartidário”, conclui o diretor da TMF Group.

Fonte: G1

Publicado por RR

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