A classe C recebeu 19 milhões de brasileiros vindos das classes D e E em 2010 e manteve o posto de maior do país, com mais de 101 milhões de pessoas. O número representa 53% da população total. Em 2009, a fatia da classe C era de 49% e em 2005, de 34%.
Os dados fazem parte da sexta edição da pesquisa “O Observador Brasil 2011”, espécie de radiografia do mercado de consumo executada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem BGN, do grupo financeiro francês BNP Paribas, divulgada na quarta-feira.
As classes D e E abrigam 47, 90 milhões de pessoas (25% da população, ante 51% em 2005), enquanto as classes A e B representam 42,19 milhões (21%, ante 15% em 2005). Em 2005, as classes A, B e C correspondiam a 49% da população. Em 2010, passaram a 74%.
De acordo com a pesquisa, houve grande aumento da renda média mensal dos brasileiros de todas as classes e regiões, uma alta que se mostrou mais acentuada nas classes D e E. A renda familiar média deste estrato ficou em R$ 809, valor 48,44% maior do que em 2005. A renda das classes A e B ficou em R$ 2.983 e da C, em R$ 1.338.
Os gastos dos brasileiros acompanharam o crescimento da renda. No ano passado, os cidadãos gastaram em média R$ 165 a mais do que em 2009, totalizando R$ 1.231.
Os dados mostram quanto a distribuição dos brasileiros por classes socioeconômicas mudou nos últimos cinco anos, deixando de ter o formato de pirâmide, típico de países pobres, e passando a ser um losango, figura geométrica que se aproxima de uma distribuição socioeconômica mais equilibrada, frequente em países desenvolvidos.
As mudanças entre 2005 e 2010 ocorreram em razão do ganho de renda que levou a uma grande mobilidade social. Apenas em 2010, quase 31 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Desse total, cerca de 19 milhões saíram das classes D e E e engrossaram a grande classe média, a classe C. Perto de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior poder aquisitivo A e B.
Fonte: ABAD