Economia do ES na mídia nacional

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A economia do Espírito Santo foi tema de reportagem especial do jornal “Valor Econômico” na última quarta-feira (28). O texto exalta a expansão dos grandes projetos anunciados e a recuperação do desempenho da indústria capixaba após a crise financeira internacional. No entanto, a matéria traz um dado alarmante sobre a “internacionalização” da economia do Estado: a exposição ao comércio alcança 60% do PIB capixaba.

Segundo a reportagem, o cenário de crise enfrentado pelo Estado foi superado através dos anúncios de novos investimentos no setor de grandes projetos. O texto utiliza os dados da produção industrial do IBGE (com alta de 21,8% entre os meses de dezembro de 2008 e junho deste ano, feitos os ajustes sazonais) como pano de fundo para a comemoração da retomada econômica.

O texto cita os projetos de investimento nos grandes projetos que haviam sido congelados ou desacelerados, em função da crise. Entre eles, a construção de uma siderúrgica pela mineradora Vale, no Polo de Ubu, no município de Anchieta, um terminal portuário de minério pelo grupo transnacional Ferrous em Presidente Kennedy (ambos no litoral sul do Estado) e a construção de um estaleiro do grupo cingapuriano Jurong, no distrito de Barra do Riacho em Aracruz (litoral norte).

Apesar de usar como indicativo de desenvolvimento a elevação do PIB capixaba, segundo os cálculos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o texto não é tão descritivo ao abordar um tema complexo: a internacionalização da economia capixaba. Assunto de análises controversas no mundo econômico e visto como um risco por quase toda a classe político, a internacionalização foi quantificada pela primeira vez.

Segundo a presidente do IJSN, Ana Paula Vescovi, o tombo da economia capixaba na crise – uma retração de 9,6% do PIB capixaba do início do ano até julho ante 1,2% de alta no PIB nacional – se deve ao seu grau de abertura. Vescovi analisou que cerca de 60% do PIB é fruto da exposição ao comércio exterior – leiam-se, neste caso, as commodities e demais produtos semielaborados – enquanto a média nacional da economia fica entre 20% e 25%.

Um dos problemas deste modelo está relacionado a arrecadação do Estado, por conta dos inúmeros benefícios fiscais concedidos às commodities e produtos semi-elaborados. Com o advento da Lei Kandir que desonerou as exportações, a balança do comércio exterior não reflete em ganhos na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal tributo do Estado. Na verdade, o modelo acaba onerado os cofres públicos, já que as empresas exportadoras adquirem créditos de ICMS que são vendidos com deságio ao mercado ou até acabam sendo utilizados pelas companhias, como o caso da ArcelorMittal Tubarão (ex-CST) que usa os créditos para liquidar os impostos devidos na venda para o mercado nacional de bobinas de aço.

A reportagem também revela o caso do polo têxtil de Colatina (norte do Estado) como um outro modelo de industrialização da economia capixaba. O texto apresentou os números do setor e destacou que as 400 empresas formais do setor empregam cerca de 10% da população [106 mil habitantes], sendo decisivas para o aumento da arrecadação de ICMS. A matéria ainda usou como exemplo o empresário Paulo Vieira, da PW Brasil. A empresa do município alcançou repercussão nacional com a Missbela comprando a marca nacional Vide Bula.4

Fonte: SeculoDiario

Publicado por RR

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