Percursor do poliestireno e diversos outros materiais, o hidrocarboneto estireno havia sido colocado na lista de materiais potencialmente cancerígenos do Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos em junho de 2011. Porém, um novo estudo – agora divulgado pela Gradient, uma consultora de riscos científicos e ambientais sediada em Cambridge – descartou qualquer correlação entre a substância e as mortes causadas por câncer. Mesmo entre profissionais que ficam expostos a altos níveis dela.
A União Europeia já havia decidido não listar o estireno como cancerígeno depois de uma extensa revisão das informações químicas do produto. A pesquisa da Gradient foi liderada pelos analistas Lorenz Rhomberg, Julie Goodman e Robyn Prueitt, que a publicaram na edição de Janeiro e Fevereiro deste ano do jornal científico Human and Ecological Risk Assessment.
Segundo os cientistas, o único aumento consistente da incidência de qualquer problema médico associado à exposição ao estireno foram tumores no pulmão – a maior parte benigna – em uma espécie de ratos de laboratório. Dado que não foi considerado relevante para os humanos segundo a pesquisa.
De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) do estado de São Paulo, a exposição de curto prazo ao estierno pode irritar os olhos e produzir efeitos gastrointestinais. A longo prazo, pode afetar o sistema nervoso central com sintomas de cefaleia, fadiga, fraquesa, depressão, perda auditiva e neuropatia periférica.
O estireno, que é líquido em seu estado puro, serve como base para poliésteres que posteriormente dão origem a embalagens plásticas, borracha sintética, isolamento térmico e resinas. Entre outros vários produtos.