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Pressionada pelo forte crescimento das importações, devido à valorização do real, o país passa por um processo de desindustrialização, aponta a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Em setembro, o INA (Indicador de Nível de Atividade) registrou leve queda de 0,1% ante agosto, na série com ajuste sazonal. Sem a correção, a queda foi de 0,4%, informa reportagem da Folha de S.Paulo.
“O país vive um processo de perda relativa da indústria na formação do PIB [Produto Interno Bruto] e na geração de emprego“, avalia o diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, Paulo Francini. De acordo com ele, porém, o resultado deste mês não preocupa, por ser considerado uma certa estabilidade da atividade. “A questão que se levanta é a respeito do futuro, do que ocorrerá daqui para frente”.
Segundo Francini, a participação da indústria de transformação, que chegou a 27% do PIB, hoje está em 15%. “Isso não ocorreu em um ano, foi um processo. O que estamos discutindo agora é para onde vão esses 15%. Nós corremos o risco de que esse número chegue a 13%, 12% até 10%”.
O diretor do Depecon afirma ainda que o crescimento da indústria deverá ficar entre 10% e 11% neste ano, mas que o resultado deveria ser superior. “Se analisarmos o crescimento da demanda e o da produção da indústria doméstica, veremos que a taxa de crescimento da demanda é superior à da atividade industrial. Portanto, se há demanda para ser atendida, isso está ocorrendo por meio de importações“.
Fonte: Fiesp