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Após uma queda da produção em 2009, os fabricantes de embalagens voltam a ter uma visão positiva do futuro. Esta foi a principal mensagem de Hans Werner Reinhard, Vice Presidente Executivo da Messe Düsseldorf e Executivo da alemã Bosh, no lançamento oficial da Interpack no Brasil, em setembro. Segundo ele, no caso dos fabricantes alemães de materiais de embalagem o faturamento em 2009 chegou a € 28 bilhões, uma queda de 9,4% em relação ao ano anterior.
Em volume, a redução foi de 6%, chegando a 17,7 bilhões de toneladas. No caso de papel, papelão e cartolina, as perdas foram menores, com uma queda de 4,7%; na sequência as embalagens plásticas com queda de 5,3%, metálicas com -4,9% e vidro -8,8%. As quedas são atribuídas, em grande parte, à redução dos estoques dos clientes.
Em termos de valor, as embalagens plásticas lideraram em participação com um faturamento de € 12,5 bilhões, seguidas por papel, papelão e cartolina com € 8,9 bilhões, metais com € 5,3 bilhões e vidro com € 1,7 bilhão. As perdas em valor foram menores para as embalagens de vidro, com 3,7%, seguidas por plásticos com 7,4%, metais com 9,9% e papel, papelão e cartolina, com 12,8%.
“Mas a indústria de embalagens continua sendo um fator econômico mundial importante”, sentencia Reinhard. Em 2009 foram vendidas mais de 4.000 bilhões de embalagens em todo o mundo. Com uma participação de 46%, a Ásia é a principal região de vendas na frente da Europa com 28% e da América do Norte com 17%. Economias em crescimento como China e Índia empurram as vendas de embalagens na Ásia. A participação de embalagens de alimentos no mercado mundial de embalagens em 2009 foi de cerca de 33% e de bebidas 30%.
Mas são as embalagens plásticas a grande vedete: sua participação nas vendas mundiais foi de 54%, dos quais 34% são rígidas. A demanda vem principalmente da indústria de bebidas, especialmente das garrafas PET que crescem substancialmente no mercado de água mineral.
Todo este crescimento é acompanhado, de perto, pela indústria de máquinas de embalagem que tem como principais clientes os setores de alimentos e bebidas (60% de participação) e farmacêutico (20%). Estima-se que o comércio mundial de máquinas de embalagem ternha alcançado € 14,6 bilhões em 2008. “A crise econômica e financeira mundial reduziu a demanda e em 2009 a exportação recuou. Mas para 2010 esperamos uma estabilização”, comenta o Vice Presidente.
Com um volume de exportações de cerca de € 4 bilhões em 2009, 1/4 a menos que no ano anterior, a participação da Alemanha nas exportações mundiais foi de 34%. Uma olhada no desenvolvimento dos cinco países líderes neste setor em 2009 – que contabilizam 73% do volume das exportações mundiais – mostra que a Alemanha continuou liderando o mercado mundial, juntamente com a Itália cuja participação é de 27%.
A boa notícia é que a demanda por alimentos e bebidas embalados continua em alta. Segundo a Euromonitor, em 2009 foram comercializados 534 bilhões de toneladas de alimentos embalados; até 2014 deverá haver um crescimento de 12%. Também no setor de bebidas o Euromonitor espera um crescimento total de 19% nos próximos cinco anos.
A justificativa? Até 2050 viverão mais de 9 bilhões de pessoas no mundo, 30% a mais do que hoje. Paralelamente ao desenvolvimento populacional e econômico ocorre uma diminuição dos lares. Nos países emergentes e em desenvolvimento cada vez mais mulheres trabalham fora e em muitos países o estilo de vida “ocidental” é cada vez mais comum.
Fonte: Abief