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As medidas já tomadas pelo governo de ampliação do crédito e de redução da carga tributária vão permitir que os efeitos da forte desaceleração econômica, sentidos a partir de dezembro, sejam minimizados já no início do segundo trimestre, em abril.
A avaliação é do secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Alexandre Menezes da Silva, durante exposição, nesta quinta-feira (5), aos dirigentes de todo o Sistema Sebrae reunidos em Brasília.
Menezes apresentou um quadro de projeções para a variação do crescimento econômico que aponta taxas de 1,8% até 4%, divulgado no ano passado: a primeira é proveniente do mercado e a segunda, mais otimista, é a do governo. Ele deixou claro que qualquer nova previsão, mais consistente, só depois de apurados os indicadores de performance econômica referentes ao primeiro trimestre do ano.
A aposta do governo é de um segundo semestre bem melhor que o primeiro, ao contrário de previsões de mercado, que ele chamou de alternativas, que prevêem algum fôlego para a economia apenas a partir do último trimestre do ano. A expectativa é que 2010 já comece num compasso de maior otimismo.
Para o secretário, a atual crise pegou o Brasil em situação fortalecida em comparação às registradas em passado recente: reservas cambiais robustas, dívida externa equacionada, contas públicas e inflação sob controle. A relação dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2008 em 35,5%, a mais baixa dos últimos anos. Ela que pode baixar ainda mais em função da tendência de queda das taxas de juros. “Essa queda abre espaço para gastos governamentais que movimentem a economia”, explicou.
O secretário também admitiu que o saldo da Balança Comercial pode ficar abaixo dos US$ 14 bilhões (última projeção do Banco Central) este ano. “Mas não teremos déficit de jeito nenhum,” afirmou. Isso porque, entre outros fatores, se as exportações caírem, também haverá redução nas importações nelas embutidas, efeito cruzado que merece ser ressaltado.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias