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No mês de agosto, quando entrou em vigor a lei que restringe o fumo em ambientes públicos e fechados do estado de São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella, garoto-propaganda da nova legislação, defendeu que as empresas brasileiras precisam ajudar de maneira mais ativa os empregados que querem deixar de fumar.
Felizmente, muitas empresas fazem coro às palavras do famoso especialista. Aqui no Estado, uma das experiências mais bem sucedidas na área está sendo desenvolvida por uma empresa com meta arrojada, mas possível: erradicar, de vez, o tabagismo em suas instalações. E olhe que estamos falando de mais de 4,5 mil empregados.
A iniciativa é da ArcelorMittal Tubarão com o Programa de Combate ao Fumo, criado há 16 anos dentro do Pró-Vida, ação que engloba diversas atividades voltadas para o bem-estar e a saúde dos empregados.
Desde sua criação, em 1993, o Programa já registrou redução no número de empregados fumantes de 34% para 0,9%. Um percentual que deverá ser zerado até 31 de dezembro próximo, quando a empresa pretende não ter mais fumantes e ocupar uma posição inédita: ser a primeira da corporação a se livrar do tabaco.
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O esforço da produtora de aço nesse sentido tem sido tanto que o índice de sucesso, que sinaliza quantas pessoas não voltam a fumar após o tratamento, chega a 70%. Os bons resultados são reflexos de um programa que acabou se transformando em benchmarking para unidades do grupo dentro e fora do país. Muito mais do que distribuir folhetos ou fazer palestras educativas, o programa integra uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, que realizam consultas individuais e em grupo e fornecem gratuitamente suporte terapêutico, de acordo com a decisão conjunta do médico e paciente. Também estimula o empregado a práticas esportivas, leitura ou outras atividades que o afastem do cigarro.
“Há quatro anos, criamos 34 áreas externas, delimitadas, para os fumantes. Hoje, dos nossos 4.500 funcionários, apenas 41 fumam”, conta o gerente de Medicina e Saúde do Trabalho, Fernando Ronchi que também atua como coordenador do Comitê de Saúde do grupo ArcelorMittal para toda a América do Sul e Central e membro do Comitê Mundial.