O ano de 2013 deve ser melhor para o comércio varejista. Estudo realizado pela RC Consultores estima que o setor crescerá significativamente no segundo semestre deste ano, e principalmente em 2013, quando pode alcançar aumento de 6,3%. Mesmo positivo, o crescimento não atingirá o patamar de 2010, quando o setor apontou crescimento de 10,9%.
Fatores como a elevação da massa nacional de rendimento (MSR) que pode crescer 9,7% em relação a 2011, além da massa real de rendimento (MRR) no País, que deve ter incremento de 4,3%, serão alguns dos impulsionadores do segmento.
Para 2013, o estudo aponta que a MSR cresça 7% em relação a 2012, e a MRR tenha expansão de 2,2%. Os índices positivos não afastam a inadimplência desse cenário, que continuará em patamar elevado no próximo ano. Assim como neste ano, que está na casa dos 7%. Mas, na contramão, está a continuidade da queda nas taxas de desemprego no País.
O governo está convencido de que ainda há espaço para o crescimento econômico puxado pela expansão da demanda doméstica. Mas isso não significa que ele está confortável com a dinâmica da oferta. As medidas que a presidente Dilma Rousseff deve anunciar dia 7 de agosto têm foco no investimento.
A desaceleração da economia brasileira é temporária, e a atividade deve recuperar velocidade no ano que vem e alcançar um crescimento de até 4%, se o cenário externo ajudar, prevê o economista americano Barry Eichengreen, professor da Universidade da Califórnia (Berkeley).
Um dos argumentos que reforçam a existência de espaço para elevação da demanda é o de que o grau de endividamento das famílias no país é muito baixo, assim como o das empresas. Para um crédito que soma cerca de 50% do PIB, as empresas são responsáveis por 25% do PIB e as famílias, por 23% do PIB. Nas economias maduras, o percentual do crédito total é de 100%, 150% do PIB.
Fonte: DCI – Valor – FSP