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Após um segundo trimestre de acomodação, a atividade industrial voltou a mostrar aquecimento a partir de julho deste ano, informou na última quinta-feira a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Para o economista da entidade, Marcelo de Ávila, o desempenho do faturamento real das empresas foi o fator mais importante observado do mês.
“O faturamento da indústria já demonstra crescimento, e não mais só recuperação após a crise”, afirmou. O avanço médio desse indicador já supera o resultado de 2008, ou o pré-crise, em 4,2%. “O faturamento costuma crescer antes, levando todos os outros indicadores depois, como é o caso do emprego e dos investimentos”, disse.
Segundo o economista, o indicador de horas trabalhadas mostra resultados inferiores ao pré-crise ainda, o que indica que a recuperação segue em curso. Já o emprego demonstra crescimento intenso e continuado, também provocando uma alta da massa salarial, impactada mais pelo desempenho do emprego do que do rendimento médio.
O economista da CNI afirmou ainda que a projeção da entidade para os próximos meses é de crescimento forte, embora em um ritmo inferior àquele apresentado no primeiro trimestre. De acordo com ele, o leve recuo da utilização da capacidade instalada, de 82,5% em junho para 82,3% em julho, dessasonalizada, não preocupa. “Apesar de ser o terceiro mês de recuo, são variações pequenas. Vemos que não há um descompasso entre oferta e demanda”, afirmou.
Fonte: Folha de S.Paulo.