A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estimou que o reajuste do diesel nas refinarias resultará em um aumento de quase 4% no preço do combustível na bomba e em uma alta de 1,25% no custo do frete de cargas transportadas por caminhões no Brasil.
O reajuste do diesel, anunciado pela Petrobras e que passou a vigorar na quarta-feira (6) nas refinarias, foi o segundo do ano, quando a alta foi de 5,4%. A alta anterior, de janeiro, gerou um incremento médio de 4,31% por litro para o consumidor final. Com os reajustes, a Petrobras busca alinhamento aos valores praticados no mercado internacional e reduzir os prejuízos verificados em sua divisão de Abastecimento.
De acordo com estimativas da CNT, o valor do litro do diesel para o consumidor final deve aumentar aproximadamente 3,8%. A entidade disse ainda que, com o repasse do preço, os valores médios do diesel no país subiriam para R$ 2,33 por litro (comum) e R$ 2,40 (S-10) por litro, respectivamente. A avaliação tem como base o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os gastos com combustíveis representam cerca de 35% do custo total das empresas de transporte de carga rodoviária e 25% das empresas de transporte de passageiros rodoviários, acrescentou a entidade.
A confederação também alertou sobre a possibilidade de pressão sobre a inflação, “uma vez que o aumento no preço dos combustíveis leva a um aumento no preço do frete que, consequentemente, pode ser repassado aos produtos transportados”. Analistas, no entanto, veem pequena pressão de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Desoneração
Logo depois do anúncio do reajuste do diesel, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou qualquer tipo de compensação. Ele respondeu a jornalistas que cobrem as atividades do ministério e queriam saber se haveria redução na cobrança de tributos para compensar reajuste de 5% do combustível nas refinarias. “Não, não vai ter nenhuma compensação”, garantiu Mantega. A compensação foi usada pelo governo em junho do ano passado para impedir que o aumento na gasolina e no diesel chegasse às bombas.
Fonte: InfoMoney