Pequenos negócios podem sustentar a economia com o fim do Fundap

Em tempos de ameaças financeiras para o Espírito Santo, como a extinção do Fundo de Participação das Atividades Portuárias (Fundap), previsto já para 2013, qual é a saída para que o Estado não entre em uma depressão econômica? Para especialistas, uma das alternativas é orientar quem tem algum dom negocial para transformar boas ideias em geração de renda, sem se afastar de sua comunidade.

É isso que defende Ercílio Santinoni, presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais (Conampe). Segundo ele, os empreendedores individuais e donos de pequenos negócios – aqueles que têm até quatro empregados – são a chave para manter a economia aquecida, de olho nas tendências, passando longe de uma eventual crise. O motivo é simples: essas pessoas, por estarem inseridas em um contexto de bairro, próximas às pessoas com as quais o convívio é diário, tornam-se mais perspicazes.

“A micro e pequena empresa passa mais fácil por períodos de crise porque não depende exclusivamente de mercado externo. Alguém que trabalhe com roupas, por exemplo, é capaz de mudar seu foco mais rápido, porque percebe quando, ali, as pessoas estão gastando menos, ou têm hábitos diferentes. Os empresários que lidam com o pequeno negócio são mais criativos e ativos, percebem o mercado de forma mais rápida”, pondera Santinoni.

Hoje, no Espírito Santo, existem aproximadamente 65 mil empreendedores individuais e pelo menos 120 mil micro e pequenas empresas já formalizadas. Os dados são da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), vinculada ao governo do Estado. Os números tornam-se ainda maiores quando observa-se que, na informalidade, existem cerca de 150 mil pessoas – que estão trabalhando, gerando renda, mas ainda não se regularizaram.

Orientação

E é de olho nesse mercado (tanto o formal quanto o informal) que Vitória e Vila Velha vão sediar, nos próximos dias 18 e 19, a IX Convenção Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais, reunindo empresários, especialistas e consultores de todo o Brasil. A ideia é orientar aqueles que já têm seus negócios formalizados, com sugestões de iniciativas criativas, aumento da produtividade e da qualificação, e também os que ainda são informais e podem crescer, bastando regularizar suas atividades.

“Atualmente, 71% dos empregos com carteira assinada no Estado partem das micro e pequenas empresas. O setor é o grande gerador de renda para os capixabas e, além de tudo, paga melhor que as grandes empresas, em média. Estamos acompanhando essa evolução desde 2005 e o que se observou é que hoje o salário médio dessas pessoas é de R$ 830,00. Há três anos, esse valor era de R$ 550,00”, pontua o presidente da Aderes, Pedro Rigo.

Santinoni acrescenta que durante a IX Convenção Nacional, que vai acontecer no Ginásio do Tancredão e no Carmélia, em Vitória, e no auditório da Prefeitura de Vila Velha, servirá de base para levar à formalidade aqueles que ainda estão de fora do acesso a crédito e a capacitação por parte das agências de fomento. “É preciso mostrar a essas pessoas como se fortalecer. Se você for para sempre informal, você vai sobreviver de um dinheiro para subsistência, mas não vai crescer. A formalização do proprietário do pequeno negócio, ou do empreendedor individual, leva a mais facilidade de crédito, cursos, juros diferenciados nos bancos e, certamente, geração de emprego”, acrescentou.

Publicado por RR

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