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Plástico verde brasileiro reforça a contribuição dos biocombustíveis para a sustentabilidade e desperta interesse de indústrias como a automobilística. A produção de plástico a partir de etanol e biodiesel já é uma realidade no Brasil e ficou à mostra na 1ª Exposição Internacional de Biocombustíveis, organizada pelo Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), encerrada ontem em São Paulo.
O processo de obtenção de plástico a partir do biodiesel consiste em utilizar a glicerina resultante da produção do combustível – cada litro de biodiesel gera 100 ml de glicerina. O plástico verde apresenta características idênticas às do produto tradicionalmente derivado do petróleo. Isso garante outra vantagem competitiva além da sustentabilidade ambiental: a instalação do parque de transformação de plásticos pode ser realizada sem necessidade de adaptação do maquinário.
A tecnologia foi desenvolvida pela Quattor, uma das 70 expositoras do evento. O produto deve ser comercializado a partir de 2012. Tanto o plástico feito com resíduos do biodiesel, quanto o desenvolvido a partir do etanol têm as mesmas características do produto baseado em petróleo, podendo suprir mercados como a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal. Desenvolvido a partir de pesquisa da Braskem, outra integrante da exposição, o plástico de etanol foi certificado como produto com 100% de matéria-prima renovável pelo laboratório norte-americano Beta Analytic, o maior do mundo em datação por carbono 14.
Atualmente, a Braskem tem capacidade para produzir 12 toneladas anuais do plástico verde, com previsão para 200 mil toneladas por ano a partir de 2010.
Um dos produtos produzidos com plástico verde é o troféu do Grande Prêmio Brasil 2008 da Fórmula 1, realizado em São Paulo. O troféu foi desenhado por Oscar Niemeyer.
Fonte: Gazeta de Piracicaba